DOUTRINAL

DOUTRINAL

1) A BÍBLIA SAGRADA – A PALAVRA DO ETERNO

A Bíblia Sagrada é o livro do Senhor, Inspirada, Revelada e Iluminada pelo Espírito Santo, foi produzida por homens santos, II Tm. 3.15-17, II Pd. 1.20-21, Rm. 15.4.

a. É verbal: Provenientes do Eterno, O Testemunho de ( YESHUA )Jesus: Mt 5.17-18; Jo 10.34-35; Mt 22.43-45. Os textos são inspirados: 2 Tm 3.16, Ex 24.4, Is 30.8, 2; Sm 23.2, Mt 4.4,7; Lc 24.27,44; I Co 2.13; Ap 22.19. A Bíblia diz que suas palavras vieram da parte do Eterno.
b. É plena: Todas suas partes são inspiradas. 2 Tm. 3.16; Rm. 15.4.
c. É autoritativa: Sua inspiração lhe concede autoridade. Jo. 10.35; Mt. 4,7,10-15, 22.29; Lc. 16.17. Sua autoridade é divina.
d. É inerrante: Não contém erros. Hb. 6.18; Jo. 17.17.

2. A Criação foi feita pelo ETERNO

Cremos que a criação de todas as coisas inclusive do homem como ser humano, foi obra das mãos do Eterno Gn 1.1, 26, revelado, nessa ação, pela Divindade Jo. 1.3; Hb 1.2; Jó 33.4; Sl 104.30. O ELOHIN único, revelado, Jo 1.18; 15.26; Mt 28.19; 2 Co. 13.13.
3. Criação, Queda e Restauração do Homem

O homem saiu perfeito das mãos DO ETERNO, mas, pelo livre arbítrio, pecou pela transgressão da ordem divina, no Éden, Gn 1.26-27; 2.16-17; 3.1-6, 17-19. Ali mesmo, ELOHIN deu ao homem a promessa da redenção, Gn 3:15. Essa Promessa divina cumpriu-se em YESHUA , o Redentor prometido e enviado ao mundo, para remissão do pecador, Lc 19.10; At 5.30-31.
4.YESHUA ( Jesus ): “Mediador e Salvador”

Cremos que YESHUA , o Filho de ADONAI, foi enviado ao mundo para cumprir a divina promessa da redenção. Morrendo na cruz pelos nossos pecados, como Cordeiro do Eterno, Jo 1.29, tornou-se nosso único Mediador e salvador, Jo 14.6; 1Tm 2.5; Lc 2.11; Jo 4.44.
5. Arrependimento e Conversão

São os dois passos decisivos para o Pecador que aceita YESHUA
(Jesus )como Salvador e Senhor de sua vida.
Em virtude de a pregação de YESHUA ser um chamado ao arrependimento, Mc 1.15, Pedro no Pentecostes, começou o seu diálogo com a multidão falando da necessidade desse arrependimento, At 2.38, cujo resultado é a conversão que é fruto do Espírito Santo, capaz de levar o arrependido a mudar a direção de sua vida, do caminho da morte para o caminho da vida eterna, At 3.19; 26.18-20; 1Ts 1.9.
6. O Batismo em águas

Cremos que o batismo é a porta de entrada à comunhão da igreja. Deve ser realizado na forma de imersão, para cumprir o seu simbolismo, Mt 3.6, 16; Rm 6.3; Cl 2. 12, e nome de YESHUA ( JESUS ). ATOS 8-12, ATOS 10-48
7. Batismo no Espírito Santo

Cremos no batismo no Espírito Santo, como promessa anunciada, Is 44.3; JI 2.28-30, como promessa confirmada, Mt 3.11; Lc 24.49; At 1.5, como promessa cumprida, At 2.1, 33.
Essa bênção divina não se limitou ao Cenáculo, mas acompanhou a Igreja de ELOHIN e chegou até nós, At 2.39, 10.44-46, 19. 1-6. Cremos, também, que as línguas estranhas são o sinal do batismo no Espírito Santo, como referidas nos testos acima, 1Co 14.2.
8. Dons Espirituais

Cremos nos dons espirituais como dádiva divina á igreja do Eterno. Cremos que eles operam para aquilo que for útil quando o Espírito Santo quer, I Co 12.7, 11. Conforme a relação de 1 Coríntios 12. 8-10,
São 9 os dons espirituais: 1) Palavra da sabedoria, 2) Palavra do Conhecimento, 3) A Fé, 4) Dons de Curar, 5) Milagres, 6)Profecia, 7 ) Discernimento de Espíritos, 8) Variedades de Línguas e 9)Interpretação de Línguas. Esses dons são, portanto, obra exclusiva do Espírito Santo, 1 Co 12.11, e se manifestam para a edificação da igreja, 1ICo14.12.
9. Ordenanças Instituídas por Cristo

Cremos nas ordenanças como cerimônias religioas-espirituais, dados por Cristo à sua igreja. São elas: O Batismo por imersão, Mt 3.1, 6; Jo 3.23, e a ceia do Senhor, Lc 22:19-20; 1Co 11.23-25; 10.16. Deve fazer parte da cerimônia da ceia, o Lava-Pés, como instituído por Jesus, Jo 13:4-17.
10. Abstinência e Temperança

Cremos na lei que regula o direito aos alimentos permitidos e declarados limpos, especialmente no que se refere às carnes, conforme o capitulo 11 de Levíticos. As referências às coisas imundas passam por toda a Bíblia, para orientar os fiéis na obediência à palavra soberana de Deus. Jó 14.4; Is 65.4; 66.17; 2 Co 6.17 e Ap 18.2.
11. A Oração e sua Eficácia

Cremos que a oração é o meio de o crente falar com Elohin. É na oração que ele agradece, louva e suplica ao senhor, que lhe responde, o que é maravilhoso e benéfico ao crente que ora com fé naquele que tudo pode, Sl 69.13; Is 59.7; 1Rs 18.36-38. Embora a oração possa acontecer em várias circunstâncias e em momentos diferentes, Is 38. 2-5; Jn 2. 1, adotamos, para os trabalhos regulares e oficiais, a oração de joelhos, como forma de adoração e reverência, e em conjunto, Fp 2.10; Rm 14.11; At 20.35-36; At 1.14; 12.5.
12. Cura Divina

Cremos que Yeshua pode curar as enfermidades, pois é promessa de sua palavra, Mc 16.18; At 4.30; Tg 5.16. A cura divina pode ser alcançada pela imposição das mãos, Mc 16.18, pela oração confiante, Tg 5.16, e pela unção com óleo, Tg 5.14, ministrada pelo Pastor /presbítero ou qualquer que tenha fé. Há casos em que se manifesta os dons de curar 1Co 12:9.
13. Os Dez Mandamentos

Cremos que a lei moral, contida nos dez mandamentos, deve ser observada pelo crente em YESHUA, Ec 12.13; Rm 2.13. Cremos que a Lei é eterna e não findou na cruz do Calvário, Mt 5.17; Sl 7-8. Ao contrário do que muitos ensinam, a morte de YESHUA na cruz não anula a obediência aos seus ensinamentos. Dessa forma, a guarda aos dez mandamentos é a prova de que amamos a ADONAI , Jo 14.21; 15.10; 1Jo 2.4; 3.24.
14. Sábado, dia de Repouso

Cremos que o sábado é o dia de repouso cristão, que foi abençoado e santificado por ELOHIN na criação, Gn 2.2. Na entrega da lei, no monte Sinai, o sétimo dia, denominado sábado, aparece como o dia abençoado e separado para o repouso do povo do Eterno, Ex 20:8-11. A semana permanece, portanto, como formada na criação, composta por sete dias; logo, o sétimo continua sendo o dia de repouso. Em toda a Bíblia, não há nenhuma menção de mudança do dia de sábado para outro qualquer. YESHUA confirmou a bênção da criação, dizendo: O Sábado foi feito por causa do homem, Mc 2.27, o que equivale a dizer: enquanto o homem existir sobre a face da terra , o sábado lhe será o dia de repouso.
15. Distinção das leis Moral e Cerimonial

Cremos que há distinção entre a lei moral e a lei cerimonial. A lei moral é composta por dez mandamentos, Dt 4.13, e foi escrita pelo próprio ADONAI, em duas tábuas de pedra, Ex 31.18. É chamada de lei perfeita, Sl 19.7, lei da liberdade, Tg 2.12, lei de Deus, Rm 7:22 e 25, a verdade, Sl 119.142; não é sombra, porque é chamada lâmpada e luz, Pv 6:23; foi guardada dentro da arca, que por sua vez, estava no lugar santíssimo do Tabernáculo, Ex 25.10-22; Lv 16.2. A lei cerimonial contem todas as instruções referentes ao trabalho do santuário, e, por ordem de ADONAI, foi escrita por Moisés em um livro, Dt 31.24, guardada fora da arca, ao seu lado, 25-26.Todos os regulamentos religiosos e festivos de Israel estavam nessa lei, que, por isso, é chamada lei de ordenanças, Ef 2.15; Cl 2.14-16. Era considerada sombra das coisas futuras, Cl 2.17; Hb 10.1; portanto, não se confunde com a lei moral. As duas aparecem nitidamente separadas, em I Co 7.19.
16. Manutenção da Obra: “Dízimos e Ofertas”

Cremos que o dízimo é uma determinação legal a todos filhos de ADONAI. Foi instituído para a manutenção do ministério eclesiástico, Lv 18.21, como ordena a Bíblia: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, Ml 3.10. O dízimo representa a décima parte dos proventos da pessoa. Dessa forma, o crente que é fiel entrega o dízimo em obediência à Palavra e numa forma de louvor e agradecimento a ADONAI. Já as ofertas são voluntárias, uma vez que o crente contribui segundo suas condições e o seu coração, 2 Co 9:7.
17. Submissão às Autoridades e Liberdade de Consciência

A Bíblia determina que haja submissão, por parte dos crentes, às autoridades seculares, Rm 13. 1-7, e às autoridades religiosas, Hb 13.7 e 17. A liberdade de consciência é um direito garantido a todo cidadão, pela Constituição Nacional. Isso garante ao Crente exercer a sua fé, sem constrangimentos ou censuras. A consciência cristã deve ser, também, praticada e respeitada, Dn 3.12-18; At 21.37-40; 22.25-29.
18. O Casamento, o Lar e a Família

Cremos que o casamento é a base e a segurança da família, pois um lar não é feito de pedras frias da casa (o edifício), mas , essencialmente, de amor, compreensão, respeito, comunhão e submissão, o que só se pode conseguir numa família legitimamente constituída sob as bases legais e sobre a benção do ETERNO. Por isso Paulo aconselha que todo casamento seja realizado no Senhor, isto é, conforme a vontade de Deus, 1 Co 7.39.
19. O Ministério Eclesiástico

Cremos que o ministério eclesiástico começou em Cristo, na escolha dos doze discípulos e, depois, dos setenta, Mt 10.1-6; Lc 10. 1-2. A escolha e a ordenação passou pelo ministério apostólico, seguindo, através da historia da igreja, até nossos dias, At 13.1-3; 1Tm 4.14; Tt 1.5.Cremos que há na Bíblia, graus de consagração: diaconato e presbítero, At 6.1-6; 1Tm 3.1,2 e 8-11; 1 Pd 5.1. E DONS MINISTERIAIS : CITADOS EM EF 4-11 :
Apóstolos , Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres.

20. Imortalidade condicional

Cremos que o homem é mortal por natureza. Na morte, ele permanece em estado de inconsciência, Ec 9.5, 10; IS 38.18-19; Sl 146.3 e 4, e só voltará à vida pela ressurreição, Jo 5.28-29; 1Co 15.51-54; 1Ts 4.15-16, quando, então, os justos herdarão a recompensa e receberão a coroa da vida, Lc 14:14; 2 Tm 4.6-8. Só quem possui a imortalidade inerente é O ETERNO, 1Tm 1.17; 6.15-16.
21. O Axioma da ressurreição

Cremos que YESHUA morreu em uma quarta-feira e ressuscitou três dias e três noites depois, período que terminou no sábado, ao pôr-do-sol, exatamente 72 horas depois que fora deposto na sepultura, Mt 12.40; 28.1-6. Esse assunto é bastante extenso; por isso damos aqui apenas o resumo do que ele encerra.
22. A Segunda YESHUA

Cremos no advento de Cristo; por isso. YESHUA cumpriu seu ministério terreno, Jo 17.4, morreu e ressuscitou, subindo ao céu, de onde viera, At 2.23-24; Mc 16.9 At 1.9. Voltará, em sua segunda vinda, para buscar os redimidos, salvos por ele, Jo 14.3; Fp 3.20; Hb 9.28, e essa vinda será visível e pessoal, At 1.10-11.

23 A Ressurreição dos Mortos

Cremos na ressurreição dos mortos, como declara Paulo, em Atos 24.14: “Tendo esperança em ADONAI, como estes mesmos também esperam que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos”. A ressurreição dos justos dar-se-á por ocasião da volta de YESHUA Lc 14.14; a dos ímpios, após o milênio, Ap 20.5. A morte, para o justo, é chamada de sono, pois ele acordará ao som da última trombeta, 1ITs 4.14-16.

24. O Milênio

Cremos que haverá um período de mil anos, chamado milênio, que acontecerá exatamente entre as duas ressurreições: começará com a ressurreição dos justos e terminará com a dos injustos, Ap 20.4-6. Durante esse período, a terra estará vazia e assolada, como o abismo, Jr 4.23-26; Ap 20.1-3. Os justos salvos estarão nos céus, Jo 14.1-3; Fp 3.20, ali realizarão o juízo dos ímpios e dos anjos maus, Sl 149.7-9; 1Co 6.2-3; Ap 20.4. Findo o Milênio, os ímpios ressuscitarão, Ap 20.7, e logo, empreenderão, sob o comando se satanás, a última batalha deles contra o povo de Deus; mas serão destruídos pelo fogo eterno e se tornarão cinza sobre a terra, Ml 4.3; Ap 20.9-10. Jerusalém, a cidade eterna, será colocada na terra renovada, para todo o sempre, Ap 21.1-7.

25. O Juízo Final

Cremos que todo ser humano passará pelo juízo divino, Sl 9.8; Ec 12.14, que será feito com base na santa e imutável lei de ADONAI Ec 12.13; Tg 2.8-12. e esse processo determinará qual seja a recompensa de cada um, Rm 2.5-8; 2 Co 5.10.

26. A Extinção do Mal

Cremos que o mal entrou no mundo através da transgressão de nossos pais, Gn 3.17-18, e que o pecado e a morte passaram para toda a humanidade, Rm 5.12. Com a Volta de YESHUA, tudo se acabará neste mundo. Assim, a causa do mal será eliminada e os seus efeitos serão cessados, Ap 21.4; 20.1-15
27. A Nossa Terra: ‘‘Lar dos Remidos”

Cremos que a nova terra será o lar eterno dos remidos do Senhor: promessa há, através da Bíblia, garantindo aos salvos esse lar de paz e vida eterna, Is 65.17-19; Is1-10; 2 Pd 3.13; Ap 21.1; 22.1-5.

28 .FESTAS BÍBLICAS

A adoração ao Nosso Pai celestial é uma adoração caracterizada pela acção, não pela passividade.

Uma das grandes lições que aprendemos, ao guardar os dias separados como sagrados para o Eterno, é o desejo de seguir os Seus propósitos em detrimento dos nossos.

Seguir as Suas instruções cumprindo os Seus Mandamentos é uma manifestação clara do desejo do nosso coração em segui-Lo em obediência. Nós seguimo-Lo mais pelo que fazemos, do que por aquilo que dizemos. Falar é fácil, agir nem tanto.

Nós podemos adoptar o discurso mais convincente, mas a menos que as nossas palavras se traduzam numa obediência activa, essas serão apenas retórica vazia.

O apóstolo Paulo caracteriza as palavras que não se reflectem em acções como equiparáveis ao “metal que soa ou como o sino que tine.”. Fazer tudo aquilo que está ao nosso alcance para guardar todos os preceitos que YHWH designou para que cumpríssemos, é uma provação à nossa sinceridade.

O livro de Tiago dá-nos uma lição importante que vem confirmar o que já dissemos:

“Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demónios o crêem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé. E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários, e os despediu por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.” Tiago 2:17-26

A Páscoa exige que nos avaliemos a nós mesmos antes de tomar parte dela (1 Coríntios 11:28). Através deste memorial nós aceitamos o sangue de Yeshua como limpeza dos nossos pecados.

Mas tomar parte desse memorial também implica que lancemos fora tudo o que contamina (a malícia e a maldade) as nossas vidas, o que consequentemente, nos leva a retirar o fermento (que tipifica o pecado) das nossas casas para a Festa dos Pães Asmos (a verdade e sinceridade) que se segue à Páscoa.

Talvez não houvesse necessidade de participar da Páscoa ano após ano se o nosso comportamento pecaminoso parasse após a primeira vez que participássemos dela. Infelizmente, essa não é a natureza humana, pelo menos enquanto vivermos em corpos corruptíveis.

Por não nos conseguirmos manter puros diante do Eterno, ele providenciou sete dias ao longo do ano, para retornarmos e aproximarmo-nos dEle novamente – as Suas Festas, os Dias Sagrados que Ele separou.

Cerca de dois meses antes da Aliança ser confirmada e antes de Moisés subir ao Monte Sinai para receber a Lei de YHWH, Moisés foi instruído sobre a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos.

O Eterno disse “E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa a YHWH; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.” Êxodo 12:14

Aprendemos em primeiro lugar que é uma “Festa a YHWH”. Mais tarde, em Levítico, YHWH ordena a Moisés:

“Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenidades de YHWH, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades” Levítico 23:2

Se dúvidas existiam, agora desvanecem-se; estas festas pertencem-Lhe, não são exclusivas dos “judeus” ou de outro grupo particular de pessoas.

Não interessava se era Israelita ou estrangeiro, era exigido a toda a comunidade de Israel (naturais e estrangeiro) que observasse estes dias que foram separados pelo próprio YHWH, Êxodo 12:19.

Na Torá existem cinco classes de leis nas Escrituras: espirituais; civis; rituais; judiciais; e naturais. As festas são parte da lei espiritual, tal como os Dez Mandamentos. Elas revelam-nos os atributos espirituais do Eterno e ajudam-nos a promover uma mudança espiritual em nós mesmos quando as observamos com verdadeira sinceridade.

A mudança na lei que muitos gostam de referir diz respeito à parte ritual da lei, não uma referência à lei espiritual.

O livro de Hebreus fala na natureza temporária dos sacrifícios animais e de outros rituais: “uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço; Consistindo somente em comidas, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.” (Hebreus 9:9-10)

As ordenanças rituais foram acrescentadas à lei devido à contínua transgressão de Israel (Gálatas 3:19). O nosso Salvador Yeshua agora intercede por nós como Sumo-Sacerdote, e o seu sangue é a única solução efectiva para o pecado. Essa é a mudança na lei da qual falam as escrituras (Hebreus 7:11-12).

A lei não mudou, o que mudou foram os símbolos, visto que o sangue dos animais apontava para o sangue que seria derramado por Yeshua.

Nenhum ponto na Bíblia condiciona ou altera a nossa responsabilidade de guardar a Lei Espiritual da qual fazem parte os Dias de Festa.

Já não se fazem sacrifícios físicos nesses dias (até porque também não há Templo em Israel), mas eles não deixaram de ser dias Sagrados de adoração ao Todo-Poderoso, porque são perpétuos como nos ensina a Palavra.

Vários exemplos no Novo Testamento, mostram vários pormenores importantes relativamente às Festas; a intenção das pessoas em guardá-las, a observarem-nas, e mesmo que estas seriam guardadas de novo no Reino vindouro. Essas passagens incluem: Marcos 14:12; Lucas 2:42; João 5:1; 7:2, 10, 14, 37, 38; 12:20; Mateus 26:2, 17, 29; Actos 12:3; Actos 18:21; 20:6, 16; 27:9 e 1 Coríntios 5:7-8.

Por que razão vemos o próprio Filho do Eterno e os Seus discípulos, durante o seu ministério e mesmo após a sua morte, a continuarem a observar as Festas no Novo Testamento?

Por uma razão simples, que é repetida quatro vezes em Levítico 23, elas foram declaradas por YHWH como sendo de “estatuto perpétuo” (Levítico 23:14; 21; 31; 41).

Mesmo no Reino vindouro, as pessoas em todo o mundo observá-las-ão:

“E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz YHWH” Isaías 66:23.

“E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o YHWH dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos.” Zacarias 14:16.

Mas e se eles recusarem, como muitos hoje o fazem?

“E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o YHWH dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva. E, se a família dos egípcios não subir, nem vier, não virá sobre ela a chuva; virá sobre eles a praga com que YHWH ferirá os gentios que não subirem a celebrar a festa dos tabernáculos. Este será o castigo do pecado dos egípcios e o castigo do pecado de todas as nações que não subirem a celebrar a festa dos tabernáculos.”Zacarias 14:17-19

O próprio Yeshua, nosso Salvador, prometeu guardar a Páscoa no Reino vindouro com os seus discípulos, Mateus 26:29; Marcos 14:25; Lucas 22:18, 30.

Toda a gente, incluindo Yeshua, guardará as Festas quando o Reino descer à terra. Por que razão então não as guardamos agora? Devemos esperar pelo Reino vindouro para as guardar?
 
Então se muitos estão à espera que Yeshua regresse e exerça o seu governo sobre a terra para começarem a guardar essas partes da Lei, por que razão dão ênfase a Levítico 11 e Deuteronómio 14 no que diz respeito à alimentação?

Pois a distinção entre limpo e imundo é uma distinção que continuará a existir durante o Governo Milenar de Yeshua, conforme a Palavra de YHWH emIsaías 66:17.

Porque não esperar então pelo milénio se afinal teremos muito tempo para observar esses mandamentos?

A pensar dessa forma talvez não tenhamos essa oportunidade, de acordo com Mateus 7:21; pois as Festas, à semelhança das Leis alimentares, foram dadas para ser observadas a partir do momento em que esses mandamentos foram dados a Israel.
 
Ora se nós somos do Messias, então somos herdeiros conforme a promessa (Gálatas 3:29), e parte da mesma oliveira (Israel). Mas para ser herdeiro há que ser digno dessa herança, e herdeiro é aquele que tem a fé em Yeshua e atenta para os mandamentos do Eterno (Apocalipse 14:12).

Que cada um de nós seja como o Apóstolo Paulo quando disse clara e determinadamente:

“É-me de todo preciso celebrar a solenidade que vem em Jerusalém…” Actos 18:21; (J.F. Almeida Revista e Corrigida fiel)

“Façamos a festa…” 1 Coríntios 5:18.

Páscoa (Lev. 23:4 e 5): Festa instituída quando o povo de Israel foi libertado da escravidão do Egito (Ex. 12). Um cordeiro era morto no dia quatorze do primeiro mês (Abib) do calendário hebraico.Essa profecia tipológica cumpriu-se de forma precisa quando Cristo foi morto como um cordeiro (I Cor. 5:7; I Pd. 1:18).
Pães Asmos (Lev. 23:6 a 8): No dia seguinte à Páscoa (15 de Abib) começava um período de sete dias onde o povo deveria comer pão sem fermento e oferecer oferta queimada ao Senhor. No verso sete o texto diz que no primeiro dia, ou seja, o dia seguinte a Páscoa, o povo não poderia trabalhar.
Essa festa se cumpriu a partir do dia seguinte à morte de Cristo, quando em Lucas 23:54 a 56 diz que as mulheres na sexta-feira de Páscoa embalsamaram o corpo de Jesus e então no Sábado (dia seguinte) descansaram. Começa então o período de consagração daqueles que eram povo de Adonai, na esperança da ressurreição de Cristo, que morreu sem pecado, tipificado pelo pão sem fermento( Mat. 16:6).
Primícias (Lev. 23:9 a 14): Acontecia no dia imediato à festa dos pães asmos (16 de Abib) e festejava o início da colheita. No plano de redenção,Jesus morreu literalmente no dia 14 do primeiro mês (Páscoa) e ressuscitou no dia 16, “como primícias dos que dormem” (I Cor. 15:20). Assim como o povo dedicava ao Senhor os primeiros frutos da colheita, Jesus dedica ao Pai os primeiros frutos da salvação, quando na Sua morte muitos ressuscitaram (Mat. 27:51 a53).
4- Pentecostes ou Festa das Semanas (Lev. 23:15 a 22): Parece haver uma ligação desta festa com as anteriores, como sendo uma continuação (v. 15 e 16). Essa festa comemorava o fim da colheita, uma espécie de segunda festa das primícias.
O Pentecostes cumpriu-se cronologicamente em tempo exato (Atos 2:1) e com a descida do Espírito Santo, os seguidores de Adonai entregaram “quase três mil pessoas” (Atos 2:41) como frutos da grande colheita desde a morte e ressurreição de Jesus.
5 – Trombetas (Lev. 23:24 e 25): No primeiro dia do sétimo mês era tocada a trombeta para anunciar o primeiro dia do ano civil, ou ano novo. A trombeta também alertava ao povo da proximidade do Dia da Expiação, que era dia de juízo onde se exigia preparação e solenidade. A Festa das Trombetas era um dia de descanso e consagração, representado pelas ofertas queimadas oferecidas a Adonai neste dia.Ela tipifica o arrebatamento da igreja ( 1 ts 4-16 , 1 Tes 4:16). Em 1 Coríntios 15:51-52 Apo 11:15 /Apo19:13-15 )
6- Dia da Expiação (Lev. 23:26 a 32 / atos 27-9 ): Acontecia no décimo dia do sétimo mês. O Santuário era purificado das transgressões daqueles que um dia sacrificaram um cordeiro e tiveram seus pecados transferidos simbolicamente através do sangue do animal que era aspergido no tabernáculo.
Por ocasião de Sua morte, para “remissão” dos nossos pecados (Mateus 26:28; Marcos 14:24; Lucas 22:20; João 19:34). Após Sua ascensão, Cristo entrou no santuário celestial “uma vez por todas”, pelos méritos do Seu próprio sangue, havendo obtido “eterna redenção” (Hebreus 9:12). A Bíblia nos diz também que é o sangue de Cristo que “nos purifica” ainda hoje “de todo pecado” (1 João 1:7; ver também Romanos 3:24-26; 5:9).

7- Tabernáculos (Lev. 23:33 a 44): No décimo quinto dia acontecia a última festa do ano religioso, a Festa dos Tabernáculos. Os israelitas, em memória ao tempo em que eram errantes no deserto e viviam em tendas, deviam voltar a morar em barracas durante sete dias. Ao contrário da contrição da festa anterior, havia muito júbilo e alegria nesta ocasião. O juízo havia passado e o perdão dos pecados estava garantido.
Era uma festa de colheita também (uvas e azeitonas etc), e havia um espírito de gratidão por tudo que o Senhor havia feito durante o ano. Seu cumprimento está no futuro, depois do término do Dia da Expiação, na ocasião da volta de Cristo. Após o cumprimento das sete eras da igreja conforme Apocalipse 2 e 3. Então Ele virá para fazer a colheita final (Apocalipse. 14:14 a 16) e seremos levados ao Céu com Ele. 

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