ESTUDO: FESTAS BÍBLICAS

MINISTÉRIO ADORADORES DO ETERNO

 

ESTUDO: FESTAS BÍBLICAS

‘Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de DIAS DE FESTAS, ou de lua nova, ou de Sábados, que são SOMBRAS DAS COISAS VINDOURAS, mas o corpo é do Messias” (Colossenses 2:16-17).

Tudo no Antigo Testamento é sombra das coisas vindouras, ou seja, de tudo aquilo que viria a se cumprir no Messias. Assim, lembremo-nos do cordeiro sacrificado, da rocha de que brotou água, do altar, da pia, dos pães da proposição, da porta do tabernáculo, do véu que foi rasgado etc. Todos estes elementos tipificavam o Messias que viria ao mundo em carne, fazendo-se Palavra, que morreria pelos nossos pecados e que ressuscitaria. * E interessante, também, notar que Paulo diz “festas”, no plural, e em hipótese alguma ele estava referindo-se a festas pagãs. Sabemos que as festas fixas são oito, dentre outras festas existentes na Bíblia. Quais são estas festas das quais estamos falando? Podemos encontrá-las em Levítico 23-1 a 34 a saber:

Sábado (Shabat),

Páscoa (Pessach),

Pães Asmos (Mat^ôt),

Primícias (Bikurim),

Pentecostes (Shavuôt),

Trombetas (Zikaron Teruah),

Dez Dias de Arrependimento (Kipurim)

Festa da Colheita (Sucôt)

Devemos considerar, também, que estas Festas Bíblicas foram instituídas no Antigo Testamento e endossadas pelo Novo Testamento. Por exemplo, vemos Yeshua celebrando a Festa da Páscoa com os discípulos em Lucas 22:13.

E direis ao pai de família da casa: O Mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos?

12 Então ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí fazei preparativos.

13 E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a páscoa.

14 E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e com ele os doze apóstolos.

15 E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça;

16 Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus.

 

Paulo ordenou aos crentes gentios de Corinto (I Co. 5:7) que celebrassem a mesma festa.

 

Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.

Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade.

 

Vemos, em Atos 20:16, Paulo apressando-se para ir a Jerusalém celebrar a Festa de Pentecostes;

 Porque já Paulo tinha determinado passar ao largo de Éfeso, para não gastar tempo na Ásia. Apressava-se, pois, para estar, se lhe fosse possível, em Jerusalém no dia de Pentecostes.

 

e Yeshua, novamente, em João 7:37-38, participando da Festa dos Tabernáculos,

E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.

38 Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.

 

 

além de celebrar o Shabat semanalmente (Lc 4:16).

 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.

17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías

A Igreja Primitiva, constituída de judeus e não-judeus crentes em Yeshua, celebravam estas festas até o século IV, quando o sistema religioso de Roma proibiu qualquer tipo de vínculo ou conexão com Israel e com os costumes e tradições judaicas, quer fossem eles bíblicos ou não. Se tal fato não houvesse ocorrido, com certeza as igrejas cristãs ainda estariam celebrando as Festas Bíblicas. Porque mesmo estando nós debaixo da graça, devemos nos lembrar de que, se estamos no Messias, somos abençoados e herdeiros das promessas do nosso pai Abraão, o primeiro crente. Gálatas 3:29 e 14 diz:

“Se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa(..) para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Yeshua, o Messias, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espirito prometido

Paulo afirma em sua carta aos Romanos (Rm 11:17) que gentios crentes em Yeshua são enxertados na Oliveira (Israel de D-us).

E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são.

17 E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira,

18 Não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti.

19 Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado.

20 Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé. Então não te ensoberbeças, mas teme.

21 Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te poupe a ti também.

 

 

As Festas Bíblicas, por exemplo, estão inseridas no contexto judaico do Antigo Testamento e foram endossadas pelo Novo Testamento, quando o próprio Yeshua, e mais tarde os apóstolos e a Igreja primitiva, celebravam-nas. Claro que nunca poderemos nos esquecer de que a predominância é a graça, e não a lei; e de que todas as coisas do Antigo Testamento eram sombras daquilo que se cumpriria, ou se cumprirá ainda, no Messias. Isto nos leva a concluir que tudo o que viermos a restaurar do Antigo Testamento deve ser centralizado em Yeshua Ha Mashiach. Do contrário, como já dissemos, não haveria sentido em tal restauração. devemos ter em mente que nem tudo do judaísmo é ruim. Pelo contrário, quase todo o judaísmo foi extraído da Tanach, ou seja, do Antigo Testamento, que foi também inspirado pelo Espírito Santo.

Toda escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir; para instruir em justiça” (II Tm. 3:16).

Assim, se a religião judaica baseia-se no mesmo livro usado pelos crentes em Yeshua, a Bíblia Sagrada, é lógico que temos algo em comum, e até muita coisa em comum. Assim, cremos que as Festas Bíblicas devem ser celebradas dentro do contexto profético no qual elas foram inseridas. Portanto, não há nada de judaizante, nem sequer de incentivo à israelatria ou judeumania, em celebrar as Festas Judaicas.

Por exemplo, quando celebramos a Festa da Páscoa, perguntamo-nos se realmente saímos do “Egito” (mundo) e do sistema de escravidão do pecado. Um crente pode ter saído do “Egito” e não estar, ainda, totalmente liberto das coisas passadas, pois embora salvo, sua mente ainda não foi totalmente restaurada.

A festa dos Pães Asmos nos fala do fermento, ou seja, na linguagem espiritual, da velha natureza humana do pecado. E assim, somos convidados a varrer todo tipo de “fermento” que ainda possa existir em nossa vida.

Outro exemplo é quando celebramos a Festa de Pentecostes, conhecida também como “Shavuôt” ou, ainda, como “Festa das Semanas.” Nela, vamos meditar nos dons do Espírito Santo e tomar posse daqueles que ainda não se manifestaram em nossas vidas. Já na Festa dos Tabernáculos, vamos meditar se realmente temos permitido ao Messias tabernacular em nós, sendo a presença dEle real e constante em nossas vidas, tornando-nos fontes de “água viva” para este mundo caótico.

A grande verdade é que a celebração das Festas Bíblicas nos trazem qualidade de vida espiritual. As Festas Bíblicas são também proféticas, porque falam de como é o Messias, as quatro primeiras Festas (Páscoa, Pães Asmos, Primícias e Pentecostes) falam do Messias ressurreto, as três últimas Festas do ano falam do Messias que há de voltar e reinar no milênio.

A Festa da Páscoa é a primeira festa fixa do ano no calendário judaico. Por isso, ela é muito importante não só por ser a primeira festa, mas porque, sem ela, as outras festas não existiriam. Para nós, crentes em Yeshua, ela fala profundamente ao coração, pois sua mensagem principal fala, pelo menos, de três pontos super importantes para todo aquele que acredita no Messias:

Primeiro, é necessário passar o sangue do cordeiro nos umbrais e nas vergas das portas de nossas casas, onde o cordeiro assado será comido (Exodo 12:7). Para nós crentes, isso significa “nascer de novo”, recebendo o perdão pelo sangue do Cordeiro, vertido na cruz do calvário para remissão dos nossos pecados (Romanos 5:8-9). O comer o cordeiro significa tê-lo dentro de nós, habitando em nós (I Co. 2:6);

Segundo, é necessário sair do “Egito”, que representa o sistema do mundo. E necessário não só sair dele, mas ser liberto dele. Assim, a Festa da Páscoa tem como tema básico o Messias, nosso Cordeiro que liberta; o Cordeiro de D-us que tira o pecado do mundo, do nosso coração (João 1:29);

Terceiro, celebrando a Festa da Páscoa, o Senhór passa estabelecendo juízo aos deuses (demônios) locais (Ex 12:12). Em resumo, ao celebrarmos a Festa da Páscoa, tomamos consciência do novo nascimento em Yeshua, da libertação das coisas do mundo e da escravidão do pecado. Não basta só estar convertido a Yeshua, tendo-o como Senhor e Salvador. E necessário deixar para trás toda vida de pecado e as coisas do mundo. Pelo arrependimento, há uma ruptura com o passado e com todo o sistema de escravidão que o pecado traz sobre o homem.

 

 

 

Hag Hamatzôt A Festa cios Pães Asmos

Muitos pensam que a Festa chamada dos Pães Asmos, ou Azimos, é sinônimo da Festa da Páscoa. Na verdade, uma festa é continuação da outra. Levítico 23:6, mostra-nos que um dia após a Páscoa, temos a Festa dos Pães Asmos, ou seja, aos quinze dias do mês de Aviv. “E aos quinze dias do mês é a festa dos pães átimos do Senhor; sete dias comereis pães átimos, No primeiro dia, tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; mas por sete dias oferecereis oferta queimada ao Senhor; ao sétimo dia, haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis” (Lv. 23: 6-8).

No livro de Exodo 12:15, está escrito: Por sete dias comereis pães átimos. E no primeiro dia, tirareis o fermento das vossas casas, porque qualquer que comer pão levedado, entre o primeiro e sétimo dia, esse será cortado de Israel. ” Em resumo, o Senhor ordenara que toda a comunidade de Israel não comesse nenhum tipo de fermento durante sete dias. Daí o nome ázimo.

 

Hag Bikurim A Festa das Primícias

Chegamos, agora, à terceira Festa do ano judaico. Lembremo-nos de que um dia após a Festa de Pêssach (Páscoa), tem-se a Festa dos Pães Azimos por sete dias. No final destes sete dias, tem-se, mais uma vez, uma “santa convocação” para toda congregação, quando o Senhor D-us diz: “Disse mais o Senhor a Moisés: fala aos filhos de Israel e di-lhes: Quando houverdes entrado na terra que eu vos dou, e segardes a sua sega, então trareis ao sacerdote um molho das primícias da vossa sega; e ele moverá o molho perante o Senhor; para que sejais aceitos. No dia seguinte ao Sábado, o sacerdote o moverá. E no dia em que moverdes o molho, oferecereis um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto ao Senhor. Sua oferta de cereais será de dois décimos de efa de flor de farinha, amassada com aceite, para oferta queimada em cheiro suave ao Senhor; e sua oferta de libação será de vinho, um quarto de him. E não comereis pão, nem trigo torrado, nem espigas verdes, até que aquele mesmo dia, em que trouxerdes a oferta do vosso D-us; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações, em todas as vossas habitações f) (Lv. 23: 9-14)

 

Hacj Sfiavuôt A Festa de Pentecostes

Continuemos nossa escalada pelas Festas Bíblicas. Estamos caminhando numa direção cada vez mais profunda e rica em ensinamentos na pessoa de Yeshua Ha Mashiach, nosso querido Messias

Para os judeus, a Festa de Shavuôt celebra o aniversário da Torá, a Lei de D-us, dada a Moisés no Monte Sinai. Nós messiânicos, também celebramos o aniversário da Torá com alegria. Muito mais, celebramos o dia maravilhoso no qual, nesta Festa, a Igreja primitiva dos apóstolos recebeu o Espírito Santo do Pai. Na Festa de Pentecostes, o povo ia ao Templo e oferecia os pães fermentados e cozidos — eram as primícias da colheita do trigo; um ato de ação de graças pela colheita da agricultura; uma “promessa” da profecia que se cumpria. Séculos antes, o Eterno havia dado aos profetas de Israel a promessa de enviar o Espírito Santo (Rúach HaKôdesh) para as vidas dos judeus crentes. Ezequiel anunciou que D-us “poria seu Espírito sobre a casa de Israel”:

“Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne’, para que andem nos meus estatutos…” (Ez. 11:19,20).

O profeta Zacarias recebeu a mensagem de D-us de como o Messias da Casa de Davi morreria por nossos pecados:

“E sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e súplicas; olharão para mim, a quem traspassaram…” (Zc. 12:10)

“Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza” (Zc. 13:1).

O profeta Joel profetizou que D-us prometia “derramar o Seu Espírito sobre toda a carne” — uma esperança para os crentes de todas as nações! (Joel 3:1). Estas promessas, quando cumpridas, introduzirão uma nova qualidade de vida e um novo estilo de vida na sociedade judaica e cristã.

 

Hag Zikaron Teruafi – A Festa das Trombetas (A Festa do Toque do Shofar)

 

Agora nós estamos entrando, sete meses após a celebração da Páscoa, numa série de mais três importantes Festas. O leitor percebeu a incidência do número sete, pois D-us está nos revelando algo profundo. Falamos já em sete dias e sete semanas. Agora, no sétimo mês, numa tripla seqüência de sete dias, perfazendo vinte e um dias (7+7+7), encontraremos as Festas denominadas messiânicas. Se Pêssach, Mat^ot, Bikurím e Shavuôt falam do Messias ressurreto, as três últimas Festas (Zikaron Teruah, Kipurim e Sucôf) falam do Messias que há de voltar, pois todas elas apontam para a preparação final, a volta do Messias e o reino milenar.

Em Levítico 23:23, diz o Senhor: “Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel: No sétimo mês, no primeiro dia do mês, haverá santo descanso solene, em memorial, com sonido de trombetas, uma santa convocação. Nenhum trabalho servil fareis, e oferecereis oferta queimada ao Senhor.”

É maravilhoso como o Senhor é zeloso por Sua palavra. Agora, o Eterno deseja uma pausa: mais uma vez, uma santa convocação da congregação para que todos ouçam o toque da trombeta, o toque do Shofar (chifre de carneiro ou antólope).

 

Yom Kipur e os Dez Dias de Arrependimento

 

“Ora, o décimo dia desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao Senhor. Nesse dia, não fareis trabalho algum; porque é o dia de expiação, para nele fazer expiação por vós perante o senhor vosso D-us. Pois toda alma que não se afligir nesse dia será extirpada do seu povo… Não fareis trabalho algum; isso será estatuto perpétuo pelas vossas gerações em todas as vossas congregações (Lv. 23: 27-31).

Você deve estar pensando: Tudo isto é coisa de judeu e eu, como crente em Yeshua, não tenho nada a haver com isto. Realmente, agora estamos numa questão teológica. Se podemos celebrar a Festa da Páscoa, como Paulo ordenou aos gentios de Corinto (I Co. 5:7), por que então, excluir esta ou aquela Festa? Será que agiremos na insensatez de escolhermos no Antigo Testamento só aquilo que nos agrada?

 

Hag Sucôt A Festa dos Tabertiácufos

Dentre as três grandes Festas comandadas por D-us, a Festa dos Tabernáculos é a de maior significado profético para nós, judeus messiânicos e cristãos. E comemorado no décimo-quinto dia do mês de Tisbrei, duas semanas após Rosh Hashaná e, usualmente, cai no final de setembro ou princípio de outubro. Como esta celebração dura sete dias, temos a incidência de (7+7+7), quando teremos o último dia da grande Festa de Sucôt. Afinal, esta Festa simboliza a máxima plenitude de D-us: YESHUA HA MASHIACH TABERNACULANDO EM NOSSOS CORAÇÕES PARA SEMPRE.

“E o Verbo de  se fez carne, e tabernaculou entre nós” (João 1:14).

A tradução correta do grego (skenesei) é tabernaculou. Lembremo-nos de que o maior propósito de D-us é ter filhos semelhantes a Yeshua (Rm. 8:29). Conforme meu entendimento, ao utilizarmos também as celebrações das Festas Bíblicas para avaliação da nossa vida espiritual teremos, agora, o máximo de revelações; afinal, todas as Festas anteriores eram uma preparação para que alcançássemos a revelação máxima na própria pessoa do Messias, que veio, morreu por nós, alcançará toda tribo, língua e nação, sendo por último a própria nação de Israel, e Seu povo (Rm. 11; Zc. 12 e 14; Ez. 37, dentre outras passagens). Yeshua, agora, quer voltar para buscar sua noiva, a Igreja, constituída de gentios e judeus, uma só família de D-us (Ef. 2:19).

Recommended For You

About the Author: Jimmy

Deixe um comentário